Únicos representantes do Paraná na III Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG 2017) e na I Olimpíada Brasileira de Ciências da Terra (OBCT 2017), três alunos do curso técnico de Petróleo e Gás do Setor de Educação Profissional e Tecnológica da UFPR (Sept) voltaram de Brasília com medalhas para casa neste domingo (22). Foi a primeira participação do Sept nas olimpíadas, que reúnem alunos de ensino médio de escolas públicas e privadas.

Após duas provas que equivaleram à fase estadual das competições, em agosto e setembro, a fase nacional ocorreu na Universidade de Brasília (UnB) no fim de semana, com as 33 equipes classificadas. Beatriz Ayumi Yoshida, Guilherme Frasato Bastos (ambos de 16 anos) e Victor Henrique de Lima, de 17, viajaram na companhia da professora de Geografia do Sept Simone Valaski.

Os participantes fizeram uma prova de 50 questões, com duração de três horas, no sábado. Os acertos em toda a prova valeram para a OBG 2017. Já para a OBCT 2017, foram consideradas as últimas 25 questões. Algumas provas estão disponíveis aqui. As medalhas foram concedidas com base na pontuação obtida na prova.

Fora a competição, os estudantes assistiram a palestras sobre temas variados, como Paleontologia e Astronomia e visitaram o Museu de Geociências da UnB. A equipe do Sept também aproveitou para conhecer pontos turísticos de Brasília, como a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida e o Congresso Nacional.

Experiência

Para Victor, a experiência foi bem além do conteúdo de aula. Foi a primeira viagem de avião do adolescente, que gostou da oportunidade de conhecer estudantes de todo o País. “Foi uma experiência muito legal, que não vou esquecer tão cedo”, conta. “Tudo é uma forma diferente de aprender, de adquirir conhecimento, ter experiências diferentes”.

Prestes a fazer a primeira fase do Vestibular 2017/2018 da UFPR, que será neste domingo (29), Victor acha que a viagem foi uma forma de manter os estudos, mas também de relaxar um pouco. “As questões da fase nacional foram de nível de vestibular, então deu para ter um preparo já”, compara. “Conhecer gente diferente também foi bom para relaxar um pouco”.

Guilherme também avalia que a competição ensina a trabalhar bem em equipe e a pesquisar em fontes diferentes, como livros, artigos e na internet. “Isos em relação a discutir o tema e interpretar o que se pede e conseguir entender um pouco além do conteúdo, não só do conteúdo em si, mas como ele influencia outras coisas”, afirma.

Para Beatriz, a participação nas olimpíadas foi enriquecedora já na preparação, que leva o aluno a ir mais a fundo nos conteúdos de Geografia Humana e de Ciências da Terra. Também o diálogo com estudantes de realidades diferentes — como os que estudam em colégios militares ou escolas particulares –, ou mesmo estranhar o tempo seco de Brasília foram experiências interessantes. “Uma coisa que a participação me ensinou foi que é válido você criar oportunidades para você mesmo”, conta ela.

Sobre as olimpíadas

A OBG/OBCT é uma competição idealizada por professores, universitários e pós-graduandos de Geografia brasileiros. O coordenador da III OBG é o professor Clibson Alves dos Santos, da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG). A olimpíada é aberta a qualquer aluno brasileiro a partir do 9º ano.

Neste ano, houve 1.977 equipes inscritas, de 25 Estados e do Distrito Federal.

A ideia do evento é romper com a separação didática entre a geografia física e a humana, destacando a capacidade de interpretação e análise de fenômenos complexos por parte dos alunos.

Por Camille Bropp Cardoso